É comum os pais oferecerem chupeta para o bebê com o intuito de manter a criança um pouco mais calma. No entanto, também se fala que esse acessório pode deixar os dentes tortos, mas será que isso é realmente verdade?
Se você também não sabe responder ao certo essa pergunta, continue lendo este artigo. Nele explicaremos a função da chupeta, os benefícios que ela traz, bem como as consequências do seu uso. Acompanhe e veja se é de fato vantajoso e seguro oferecê-la para o seu filho.
O ato de sugar é um dos principais instintos que o bebê apresenta. Afinal, é por meio dele que consegue se alimentar, mas não somente isso, porque a sucção é uma necessidade da criança, sendo essencial para o seu desenvolvimento.
Uma das funções da sucção é contribuir para o crescimento adequado dos músculos e dos ossos da face. Por isso, além do momento da amamentação a criança pode sentir necessidade de continuar o processo de sucção. Nesse caso, a chupeta é inserida em sua rotina para saciar a necessidade de sucção e mantê-lo mais calmo.
Porém, é importante ter cuidado com o uso excessivo desse acessório, porque para que ele traga benefícios, é essencial que seja oferecido (poucas horas por dia) somente o suficiente para saciá-lo. Afinal, crianças que usam chupeta por períodos prolongados podem apresentar dificuldades para mamar no seio da mãe. E é fundamental que seja uma chupeta ortodôntica.
Isso acontece em função do posicionamento incorreto da língua, que se adequa ao formato da chupeta. Nesse caso, além de a criança não conseguir retirar o leite e acabar rejeitando o seio materno, podem ocorrer fissuras no mamilo, tornando a amamentação dolorosa e traumatizante para a mulher.
Sendo assim, a chupeta é realmente benéfica para o bebê, desde que os pais a ofereçam com moderação. Afinal, além dos malefícios que citamos, a crença de que ela pode entortar os dentes é verdadeira, como você verá a seguir.
Como você viu, a chupeta (é benéfica para o desenvolvimento de crianças pequenas) pode ser usada para acalmar os bebês, mas ela passa a ser um problema quando usada por muitas horas diariamente e por vários anos. O ideal é que esse hábito não seja muito frequente e, preferencialmente, que perdure no máximo até os três anos de idade.
De toda forma, há profissionais que recomendam que a criança deixe de usar a chupeta antes dos dois anos, mas para alguns somente há benefícios quando o uso acontece apenas no primeiro ano de vida da criança. Tudo isso porque a chupeta realmente pode deixar os dentes da criança tortos.
A frequência excessiva do uso da chupeta leva a uma sobrecarga da musculatura facial e também dos ossos, provocando alterações nocivas na estrutura da face da criança e ocasionando problemas em seu desenvolvimento e crescimento.
O problema é percebido em especial nos dentes permanentes, porque a arcada superior não se desenvolve corretamente, já que fica estreita demais.
Então, a dentição não tem espaço suficiente para se posicionar no local adequado e a tendência é de que os dentes fiquem tortos, se sobreponham ou se mantenham inclinados para fora.
O mau uso da chupeta ainda pode trazer outras complicações para a saúde bucal da criança, como mordida cruzada posterior, mordida aberta anterior e maxilar inferior muito para trás. Também ocorre uma perda de força e maior flacidez dos lábios bochechas e da língua.
Essa complicação dificulta a criança mastigar os alimentos e degluti-los, em especial aqueles mais consistentes. Outro prejuízo está na fala, já que a projeção de alguns sons é prejudicada por causa dessa perda de força na musculatura.
Mas lembre-se de que a criança acaba criando uma relação de afinidade e dependência com a chupeta. Por isso, embora seja necessário retirá-la, isso deve ser feito devagar para que não haja traumas. O ideal é afastar aos poucos o acessório, até que a criança não sinta mais sua falta.
Conversas também ajudam e mostrar para o pequeno que já está na hora de parar de chupar chupeta. Mas caso haja relutância, é interessante o auxílio de especialistas nesse processo, e lembre-se de usar as chupetas ortodônticas, que minimizam os impactos negativos desse acessório até que os pais consigam por fim fazer a criança abandonar o hábito.