A erosão dentária pode ser causada por fatores externos ou por condições do próprio organismo da pessoa. Sendo assim, existem dois tipos, a extrínseca e a intrínseca. Em ambos, a perda de esmalte dentário acontece por causa do excesso de acidez na cavidade bucal. O tratamento varia de acordo com a gravidade da perda de esmalte.
Você já deve ter percebido que a maioria dos problemas bucais é associada à ação de bactérias. No entanto, também existem condições que não são provocadas por micro-organismos, já que outros fatores também agridem os dentes e causam abalos para a saúde da boca.
A erosão dentária é uma dessas condições que não estão relacionadas com as bactérias. Mesmo assim, exige muita atenção por causa dos danos graves que pode provocar para os dentes, se não for devidamente identificada e tratada.
Mas afinal o que é a erosão dentária? Neste artigo você vai descobrir tudo o que precisa saber sobre o tema para cuidar ainda melhor do seu sorriso. Confira!
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A erosão dentária acontece quando nossos dentes começam a perder os minerais que constituem o esmalte dentário. Ele é uma camada de proteção importante que evita que a dentina, parte mais sensível do dente, fique exposta ao meio externo.
Embora o esmalte dentário seja muito resistente, ele também sofre danos quando exposto a determinados fatores. A ação de substâncias ácidas desencadeia um processo químico na cavidade bucal que afeta o esmalte dos dentes, fazendo com que ele perca essa estrutura.
Sendo assim, a erosão dentária é causada pela ação de ácidos, que podem ser provenientes do meio externo ou do próprio organismo da pessoa. Isso classifica esse processo erosivo como extrínseco ou intrínseco.
Quando a erosão dentária é extrínseca, os ácidos que provocam agressão nos dentes são provenientes, por exemplo, de bebidas muito ácidas, como os refrigerantes, ou mesmo alimentos que alteram o pH da boca, como os açúcares. Com isso, a tendência é um aumento da acidez bucal. Alguns medicamentos também podem causar esse efeito.
No caso da erosão dentária intrínseca, os ácidos, como dito, são provenientes do próprio organismo. Assim, a erosão acontece principalmente por causa dos ácidos gástricos que, devido ao refluxo gastroesofágico, conseguem alcançar a cavidade bucal.
Os quadros de bulimia e anorexia também podem causar alterações no pH da boca. Condições sistêmicas, como a doença renal crônica, são mais uma possível causa da erosão dentária.
É importante saber que a erosão dentária não acontece de uma hora para outra. Com o passar do tempo, os dentes vão sofrendo agressões e passando por alterações devido à ação dos ácidos, como explicamos. Assim, os sinais evoluem de forma gradativa.
Podemos identificar a erosão pelos desconfortos que ela provoca e pelas alterações na aparência dos dentes. Como esse problema leva à perda de esmalte dentário e ele protege a dentina, que é mais sensível, quando a erosão se torna significativa se manifesta a sensibilidade dentária, em especial a bebidas ou alimentos gelados, ácidos e doces.
Quanto ao aspecto dos dentes, a erosão causa alterações na tonalidade. Isso acontece porque a dentina tem um tom mais amarelado, então, quando ela fica mais exposta, percebemos o amarelamento dos dentes. Seu formato pode modificar para mais arredondado e com a superfície áspera.
O tratamento da erosão dentária varia de pessoa para pessoa dependendo da gravidade da perda do esmalte. Quando o problema está ainda no começo, muitas vezes é possível adotar medidas mais simples para contribuir com o fortalecimento do esmalte dentário, como o uso de enxaguantes bucais e pastas, enriquecidos com minerais.
Quando há uma exposição maior da dentina, é possível fazer restaurações com resina. Nas perdas severas, é preciso repor a estrutura perdida por meio da aplicação de próteses. Podem ser utilizadas coroas, facetas de porcelana ou lentes de contato. A escolha depende do local afetado e do tipo de restauração que precisa ser feito.
É importante ressaltar que a erosão dentária deve ser levada muito a sério porque a tendência é de que a perda continue até comprometer o dente por completo, exigindo um tratamento mais invasivo. Além disso, a dentina pode sofrer infiltrações por bactérias, o que oferece o risco até mesmo de perder o dente.
As consultas periódicas com o dentista são essenciais para fazer a prevenção da erosão dentária e para identificar esse problema quando ainda está no começo e pode ser revertido. Por isso, faça o acompanhamento a cada seis meses ou conforme recomendado por seu especialista de confiança.
