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Bruxismo: entenda as causas e saiba como tratar

Atualizado em 20/10/2021
Tempo de leitura: 4 min.

O bruxismo é um tipo de distúrbio que pode se manifestar tanto durante o dia quanto à noite. É caracterizado pelo ranger de dentes ou apertamento das arcadas dentárias, e provocado por diversos fatores, como estresse, problemas de engrenamento dos dentes e problemas neurológicos.

A imagem mostra uma mulher apertando os dentes e com as mão na bochecha.

Acordar com dor de cabeça, dor na face e dificuldade para mastigar pode ser sinal de um quadro de bruxismo. Esse distúrbio geralmente se manifesta a noite, mas em algumas pessoas o problema pode acontecer ainda durante o dia.

Popularmente conhecido como ranger de dentes, o bruxismo traz diversas consequências negativas, como desgaste dentário e da articulação temporomandibular. Por isso, esse problema precisa ser tratado, e existe mais de uma forma de realizar o seu tratamento. Quer saber mais? Então continue lendo e veja:

As principais causas do bruxismo

O bruxismo é um problema que se manifesta com frequência em crianças, no entanto, a tendência é de que esse quadro amenize espontaneamente com o passar do tempo. Porém, algumas pessoas convivem com o ranger de dentes durante a fase adulta.

Esse distúrbio geralmente se manifesta durante o sono. Assim, no dia seguinte a pessoa percebe seus sintomas, que incluem:

  • dor de cabeça;
  • dor na face;
  • perda da força mastigatória;
  • dificuldade para abrir a boca;
  • desconforto para falar.

De toda forma, há quem realize os movimentos involuntários no estado de vigília, ou seja, durante o dia. Mesmo assim, a pessoa não percebe que está fazendo esse esforço excessivo com a mandíbula, e sente apenas os reflexos, com a manifestação dos sintomas que citamos.

As causas do bruxismo costumam ser multifatoriais, ou seja, necessita-se de vários componentes agindo pra ele acontecer, porém uma das situações que contribuem largamente para a sua causa é quando os padrões aceitáveis de engrenamento dos dentes está muito longe de existir, o organismo “procura resolver à sua maneira” fazendo com que os dentes da mandíbula se “esfregue” nos dentes da  maxila para tentar “corrigir o desajuste.

De toda forma, o bruxismo também pode estar relacionado a fatores orgânicos, como alguns distúrbios neurológicos. Em outros quadros, é associado ao distúrbio do sono chamado apneia, e mais uma das suas causas é o uso de alguns medicamentos.

Um fator que pode desencadear o bruxismo é o estresse. De maneira geral, o estresse não pode ser colocado como causa, porque na verdade, o estresse pode acarretar diferentes reações em cada indivíduo, aquela pessoa que tem o sistema mastigatório como um “calcanhar de Aquiles”, então nessa pessoa o bruxismo aparecerá. Porém, na pessoa onde o sistema gástrico, é o seu “calcanhar de Aquiles” então nessa pessoa a gastrite é que vai ocorrer, portanto o estresse pode ser colocado como um fator desencadeador do problema, mas não a causa, obviamente, se gerenciarmos melhor os níveis de estresse no dia a dia, teremos uma saúde melhor.

No indivíduo que tem o sistema mastigatório como zona de “fragilidade”, o excesso de tensão emocional acaba sendo concentrado também nos músculos responsáveis por realizar a mastigação. Assim, há uma contração deles realizada, como dito, de forma involuntária, acarretando o ranger dos dentes ou um apertamento excessivo.

Tratamentos para bruxismo

O bruxismo está relacionado geralmente ao engrenamento “não ideal” dos dentes de “baixo” com os dentes de “cima”, quando esse fator está desajustado, deve ser feita a correção dos padrões de mastigação ideal, como curvas de mastigação e função dos dentes.

Obviamente, o controle do estado emocional e psicológico deve sempre ser monitorado para ter um melhor resultado no controle do bruxismo. Isso pode ser feito por meio de atividades relaxantes, minimizando a sobrecarga de trabalho, responsabilidades e até mesmo com o suporte de um psicoterapeuta.

Também pode ser necessário uma mudança de hábitos que possam estar contribuindo com essa tensão. Esse é o caso do tabagismo, do hábitos de roer unhas, de remover a “pelinha ao redor das unhas”, de morder lápis e objetos, de “mastigar cabelos”, do consumo de bebidas alcoólicas, drogas e até mesmo bebidas estimulantes, como energéticos e café.

É possível fazer a aplicação de toxina botulínica para minimizar a força muscular.

E no caso de estar associado a distúrbios neurológicos ou apneia, esses quadros precisam ser devidamente tratados.

Como medida para desestimular os movimentos involuntários, e também promover uma barreira de proteção para os dentes, é indicado a utilização de placas estabilizadoras ou miorrelaxantes. Elas são feitas sob medida para cada pessoa.

São encaixadas nos dentes na hora de dormir ou durante o dia, dependendo de quando o bruxismo se manifesta. Desse modo, evitam o contato direto das arcadas dentárias, preservando a estrutura dos dentes.

O tratamento, portanto, pode variar de pessoa para pessoa dependendo daquilo que está causando o bruxismo. Logo, somente com a avaliação e suporte de um especialista é possível definir a melhor abordagem em cada caso.

Consequências do bruxismo não tratado

O tratamento do bruxismo pode variar, mas as consequências negativas de não tratá-lo são as mesmas para todas as pessoas. Afinal, a força excessiva e o atrito prejudicam todo o conjunto bucal e as estruturas da face.

Quando o bruxismo não é tratado, a articulação temporomandibular desenvolve disfunções, conhecidas como DATM ou DTM. Aos poucos ela também pode sofrer um desgaste, fazendo com que a mandíbula de desencaixe da articulação.

Outras consequências de não tratar o bruxismo são:

  • desgaste do esmalte dentário;
  • sensibilidade dentinária;
  • trincas ou quebras nos dentes;
  • maior suscetibilidade para inflamações gengivais.
  • mudança da posição dos dentes

Sem falar que o bruxismo prejudica muito a qualidade de vida por causa das dores que desencadeia, afetando a produtividade e a concentração do indivíduo ao longo do dia. Sendo assim, buscar o tratamento é fundamental para ter mais bem-estar, uma noite de sono reparadora e evitar as complicações que esse distúrbio acarreta.

Por Dr. Marcos Ney Pizzocolo
CRO-SP 56458. Formado pela Universidade Paulista – UNIP – em 1995 e pós-graduado em especialização de prótese dentária. Atua na área de estética, implante, cirurgia oral e reabilitação oral.

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